Facebook: necessidade ou opção?
Você conhece quantas pessoas que reclamam muito do Facebook? E quantas delas realmente abandonaram a rede social
de uma vez por todas? Pois é, o primeiro grupo pode até ser bem grande,
mas são poucos aqueles que conseguem deixar de lado tudo o que o
serviço de Mark Zuckerberg oferece. Afinal de contas, é inegável que há
muitos benefícios por lá.
E quem acessa o serviço diariamente o faz por “opção” ou “falta de
opção”? Será que existe realmente a necessidade de estar conectado aos
amigos frequentemente – e saber de tudo o que está sendo postado e
discutido por todos? Para algumas pessoas, esse tipo de pergunta nem
deveria ser feito, pois é clara a importância da rede social.
Mas há quem afirme que o Facebook é dispensável e vai ser esquecido
com o tempo, assim como aconteceu com outros serviços (como o Google Buzz e Orkut,
que pelo visto está seguindo o mesmo caminho). Vamos conferir alguns
dos principais argumentos mais utilizados por quem defende e por quem
ataca a rede social mais utilizada do mundo.
Avanço significativo
Criado em 2004, o serviço já alcançou a marca de 800 milhões de
usuários, o que significa uma média de 100 milhões de pessoas aderindo à
rede social por ano – são cerca de 190 novas contas por minuto. E é
claro que isso não aconteceu por acaso. Milhares de atualizações são
feitas frequentemente no serviço, o que é ideal para que ele se adéque
ao que a maioria deseja.
(Fonte da imagem: Reprodução/Paul Butler)
Assim como aconteceu com a Google,
os executivos do Facebook não poupam esforços para adquirir outros
serviços que possam agregar algum valor ao sistema. As mais relevantes
delas são os serviços Beluga (que adicionou recursos muito importantes
para o Messenger da rede social) e Instagram, que foi adquirido por 1
bilhão de dólares.
Nunca é demais dizer que o Facebook é uma rede social ideal para quem
gosta de compartilhar. Muito mais social do que qualquer outra, ela
permite a rápida disseminação de vídeos, fotos e textos – e é isso que
faz dela algo tão presente na vida das pessoas.
Aplicativos sociais
Nós acabamos de dizer: o Facebook é a rede mais social de todas. E
isso se reflete até mesmo nos aplicativos presentes no serviço. A
maioria dos jogos existentes depende da interação entre vários perfis
para que seja possível alcançar o sucesso. Recentemente, com várias atualizações, outras atividades começaram a ser mais sociais, o que inclui ouvir músicas e cozinhar.
Você não leu errado. Houve uma série de alterações no serviço, que
passou a permitir que as pessoas compartilhem suas atividades mais
corriqueiras. Ao visualizá-las, amigos podem interagir rapidamente, como
pode ser visto no vídeo que está acima deste parágrafo.
Simplicidade é essencial
O que pode ser mais simples do que “Curtir”? Qualquer um que
encontrar algo interessante na internet pode simplesmente pressionar o
botão “Curtir” e começar a espalhar os conteúdos. Isso influencia os
desenvolvedores a instalar plugins da rede social em seus sites – o que
também ajuda a divulgar o próprio Facebook.
Ressaltamos: as principais funcionalidades são as mais simples.
“Curtir” não demanda mais do que um clique e compartilhar só exige que
você cole um link em seu status – enviar suas próprias fotos segue o
mesmo caminho. Como o Facebook é um passatempo, ninguém quer
complexidade. E esse é um dos motivos para tanto sucesso.
Falta de privacidade
Qual é a maior reclamação de todas? A privacidade, sempre ela. Melhor dizendo: a falta de privacidade
que o Facebook proporciona para seus clientes. Tudo o que você digita,
publica, envia e compartilha – com uma pessoa ou com o mundo – fica
armazenado nos servidores do Facebook, que utilizam os dados para criar
anúncios mais específicos para o seu perfil de utilização, assim como
faz a Google.
Só que com o Facebook isso fica um pouco mais invasivo, segundo uma
série de organizações, como a American Civil Liberties Union. Esta
última, inclusive, diz que os cookies da rede social continuam
armazenando informações dos usuários, mesmo depois que suas contas são encerradas.
Outro ponto que foi levantado há alguns dias está no sistema de backup do serviço.
Se alguém perder a senha ou tiver a conta invadida, pode rapidamente
ter acesso a todos os dados roubados, graças ao simples método de
salvamento das cópias de segurança, que disponibilizam todas as fotos,
postagens, listas de amigos e históricos de chats.
Todos querem o Facebook
Uma rede social que está em todos os lugares acaba estando mais
presente do que gostaríamos. Muitos aplicativos na internet exigem
cadastro na rede social para que possam ser utilizados, o que força
algumas pessoas a criar perfis mesmo que não tenham o desejo de fazer
isso.
E isso nos faz voltar ao tópico anterior: privacidade. A partir do
momento que as pessoas criam seus perfis, começam a ser rastreadas pela
rede social, que gera registros completos de navegação.
Existem outras opções?
Uma pergunta que sempre surge quando pensamos que o Facebook não
deveria ser tão importante é: “Existem outras opções para os
internautas?”. O Orkut, que foi o favorito dos brasileiros por muitos
anos, encontra-se em processo de declínio, com cada vez mais pessoas
deixando de acessá-lo.
(Fonte da imagem: Reprodução/Facebook)
O Twitter continua crescendo, mas os propósitos das duas redes
sociais são bem diferentes. A única alternativa que temos é o Google
Plus, que passa pelos mesmos problemas de falta de privacidade que o
Facebook. Isso nos leva a pensar que a única solução seria não utilizar
serviço nenhum. Por isso, é preciso pensar se o Facebook é uma
necessidade ou uma opção.
Quanto mais presente na internet, mais ele vai se tornar uma
necessidade para quem quer continuar integrado. Se as previsões
estiverem certas e ele continuar avançando sobre outros sistemas de
mensagens instantâneas, logo ele também será necessário para quem quer
conversar com os amigos na web. E para você, o Facebook é uma realidade
ou uma opção?
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